Passa o começo de sua vida em Paris com a sua irmã, Catherine, cujo marido, Jean Antoine Horn, era um tipógrafo do L´Ami du peuple, jornal de Jean-Paul Marat.
Simonne intervém na vida de Marat numa altura em que ele necessitava de apoio de todos os pontos de vista. Ele estava muito isolado, até mesmo de seus compatriotas, e sua situação era muito precária financeiramente.
Antes de fugir para a Inglaterra, ele assinou uma promessa de casamento, publicada no Journal de la Montagne.
Depois de seu retorno à Paris, após muitas cobranças e críticas ao jornal L´Ami du Peuple, a irmã de Marat, Albertine, responde a todos que o ano de 1791 estava sendo um ano particularmente difícil para o seu irmão que havia contraído inúmeras doenças cutâneas, como escrófula e cancêr de pele.
Simonne e Jean-Paul Marat casaram numa cerimônia não oficial, sem a participação de qualquer instituição religiosa. Uma grande parte da família de Marat publicou no mesmo Journal de la Montagne (onde Marat tinha feito a promessa à sua noiva), uma carta datada de 22 de agosto 1793, onde reconheciam Simonne Évrard como sua esposa.
Simonne se dedicou totalmente a ele e foi capaz de ajudar Marat, que estava cada vez pior, a publicar Placards em agosto de 1792 e retomar o seu jornal em setembro. Muitos testemunhos da época mostram que Simonne era bem conhecida como a mulher de Marat.
Após o assassinato do 'Ami du Peuple', Simonne permanece em Paris, vivendo com Albertine Marat, e faz tudo que pode para assegurar a memória de seu marido. Ela reuniu todo seu material escrito e pretendia começar a publicação das obras políticas e patrióticas de Marat mas, impedida de fazer uso da imprensa, consegue publicar apenas um único volume.
Simonne se vê obrigada a vender a banheira onde Jean-Paul fora assassinado e também o original de suas obras para conseguir mais recursos para sobreviver. Ela e Albertine trabalhavam fazendo ponteiros de relógio e continuaram a viver juntas desde a morte de Marat muito pobres, quase miseráveis.
Simonne Évrard morreu em Paris, rue de la Barillerie, 24 de fevereiro de 1824.