Entrada do Conselho de Estado, numa parte do Palais Royal.
Os propileus (à direita) e a galeria de Valois (à esquerda)
Nunca tendo sido um palácio real, a despeito do nome enganoso, o Palais Royal foi construído arquiteto Jacques Lemercier, a mando de Richelieu, a partir de 1624. A sua localização corresponde, em parte, à do antigo Hôtel de Rambouillet, onde a Marquesa de Rambouillet mantinha um brilhante salon frequentado assiduamente por Richelieu. Nesta época era chamado de Palais Cardinal. Richelieu deixou-o para a Coroa Francesa.
A partir de 1643, depois da morte de Luís XIII, abrigou a Rainha-Mãe Ana da Áustria, o Cardeal Mazarino e o jovem Luís XIV. Nesta época passou a ser chamado de Palais Royal, nome que iria manter.
En 1648, na época da Fronda, os parisienses invadiram o palácio para assegurar que o jovem Luís XIV e a sua mãe não voltariam a fugir.
Vista dos jardins.
Os Orleans no Palais Royal
Em 1692, Filipe II, Duque d'Orleans, filho do Monsieur e regente da França durante a menoridade de Luís XV, recebeu o palácio em herança. O regente governou o país a partir do Palais Royal, onde levou uma vida de deboche.
Os Orleans não ocuparam a ala nordeste, onde Ana da Áustria tinha os seus aposentos, mas sim o Palais Brion, onde o futuro Regente, enquanto Duque de Chartres, encomendou a Gilles-Marie Oppenord a decoração do Grande Apartamento (Grand Appartement), o lugar clássico no luminoso e alegre Estilo Regência, o qual pressagiou o futuro rococó. O Grande Apartamento, os mais íntimos Pequeno Apartamentos (Petits Appartements), e a sua galeria pintada com temas Virgilianos por Coypel, foram todos eles demolidos, em 1784, para permitir a instalação do Teatro Francês (Théâtre-Français), atual Comédie-Française[1].
O Palais Brion, um pavilhão separado erguido ao longo da Rue Richelieu, para oeste do Palais Royal, havia sido comprado por Luís XIV aos herdeiros do Cardeal Richelieu; neste pavilhão, o Rei instalou Louise de La Vallière, que ali deu à luz dois filhos do Rei, em 1663 e 1665: ambos morreram jovens. A colecção Real de antiguidades foi instalada no Palais Biron, ao cuidado do crítico de arte e historiador oficial da corte André Félibien, nomeado em 1673.
O bisneto do Regente, Luís Filipe II, Duque d'Orleans, que ficaria conhecido como "Philippe-Egalité" durante a fase mais radical da Revolução, tornou-se popular em Paris quando abriu os jardins do Palais Royal a todos os parisienses, tendo contratado o arquiteto neoclássico Victor Louis para reconstruir as estruturas em volta dos jardins do palácio, após um incêndio ocorrido em 1773. Mandou ainda encerrar os jardins com colunatas regulares que foram alinhadas com lojas (numa das quais Charlotte Corday comprou a faca que usou para apunhalar Jean-Paul Marat). Ao longo das galerias permaneciam "damas da noite", e nos segundos andares estavam alojados casinos de jogo. Existia um teatro em cada extremo das galerias; o maior foi a sede da Comédie-Française, a companhia de teatro estatal, a partir do reinado de Napoleão. O primeiro de todos os teatros existentes no palácio foi originalmente construído por Lemercier para o Cardeal Richelieu, em 1641 (?). Sob Luís XIV, o teatro acolheu peças de Molière, desde 1660 até à morte do dramaturgo em 1673, seguido da Ópera sob direção de Jean-Baptiste Lully.
"Dans ce jardin on ne rencontre
Ni champs, ni prés, ni bois, ni fleurs.
Et si l'on y dérègle ses moeurs,
Au moins on y règle sa montre."
("Neste jardim não se encontra/
No dia 12 de Julho de 1789 um jovem agitador, Camille Desmoulins, pulou para uma mesa de café e anunciou à multidão que Necker havia sido demitido. "Esta demissão"', acreditava ele, "é o alarme de São Bartolomeu dos patriotas". Enfiando duas pistolas no seu casaco, declarou que não seria apanhado com vida. "Aux armes!" Desceu entre os abraços da multidão, e o seu grito "To arms!" ressuou de todos os lados. Dois dias depois, a Bastilha foi tomada.
Cortina neoclássica de Contant Ivry em frente do pátio barroco de Lemercier.
Foi igualmente do Palais Royal que partiu, no dia
O Palais Royal, durante a Revolução, ofereceu o espectáculo de uma deambulação agradável, canalha ao máximo, onde o amor ou os simples namoricos reinavam.
Os cafés estendem as suas asas às arcadas, prolongando o seu comércio sob as folhagens. São fóruns de agitação verbal. Tradicionalmente era ali tolerado mais espaço de anarquia que o de templo exclusivo.
No dia
A partir de 24 de Dezembro de 1814, Pierre François Léonard Fontaine foi nomeado arquiteto do Duque de Orleans. Este arquiteto fará as renovações necessárias ao uso e cortesia (grande escadaria de Honra, Galeria de Orleans, etc.) durante a Restauração e a Monarquia de Julho.
Depois da restauração dos Bourbons, no Palais Royal, o jovem Alexandre Dumas obteve emprego no gabinete do poderoso Duque de Orleans, o qual recuperou o controle do palácio durante a restauração. No decorrer da Revolução de 1848, o Palais Royal foi pilhado pela multidão revoltosa que fez cair a Monarquia de Julho.
Sob o Segundo Império, o Palais Royal foi residência do ramo dacaído da família Bonaparte, representado pelo Príncipe Napoleão, primo de Napoleão III.
Em 1871, o palácio foi destruido. Seria restaurado dois anos depois para receber o Conselho de Estado.
Atualidade
Atualmente o Palais Royal acolhe várias instituições de primeira importância:
-Em
-o Tribunal Constitucional;
-o Ministério da Cultura;
-atrás do jardim ficam os antigos edifícios da
-desde
Referências
↑ Le Palais-Royal des Orléans (1692-1793): Les travaux entrepris par le Régent.
Links
PARIS MYSTERIOUS : http://www.parisbestlodge.com/palaisroyal.html
Visita Virtual a Paris: http://www.virtualparis.fr/fr/guide/index/page/1
Fonte: Wikipédia